terça-feira, 27 de outubro de 2009

Reclamações da amazonense que cresceu num ambiente de quase 40°C


Se existe alguma coisa que me impede de viver feliz pra sempre no meu reino alemão encantado cheio de florestas magníficas e antigos castelos que lhe dão um ar de conto-de-fada é essa maldita mudança climática inexistente no Brasil.

É brutal: num dia, você está andando descalça pelas ruas com uma blusa sem mangas. Depois de uma semana, você passa pela mesma rua, com as mãos enfiadas em luvas e as luvas enfiadas nos bolsos.
Eu juro, não tem coisa pior do que acordar de manhã e ter que ir ao banheiro com uma privada fria feito gelo.

É quase absurda a idéia de que uma pessoa tenha nascido e crescido num continente cuja temperatura chega ao zero todo ano. Quando eu falo para os meu colegas que no Brasil eu geralmente ia ver os fogos de artifício na praia e depois molhava os pés na água pra entrar já temperada no ano-novo eles me olham incrédulos: qualquer um que entenda um pouquinho de geografia sabe que no norte do planeta as estações são contrárias as do sul (por isso o mês mais quente é em julho ou agosto). Mesmo assim, eles acham isso muito estranho.

Eu pretendo terminar os estudos por aqui e depois me mandar pra uma ilha subtropical. Não me levem a mal, eu adoro as pessoas simpáticas, a vegetação e a comida daqui. Mas nada nesse mundo me faz morar num lugar com menos de 20°C pelo resto da minha vida!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Adoração aos gatos


Sim, os animais mesmo. São independentes, mas gostam de carinho. São silenciosos e ótimos caçadores. Tem o pêlo mais macio do mundo e uma cabeça pequena, gostosa de acariciar. Os olhos são os mais interessantes que eu já vi. Durante o dia são traços negros que parecem olhar através de você e chegam a dar um certo medo. À noite são enormes pupilas redondas, quase como num mangá, que parecem ser tão grandes quanto a lua. São elegantes, tem um miado irresistível e um ronronar que deveria ser usado como trilha sonora pra quem tem insônia. São astutos, são velozes, são quase sagrados. Eu realmente amo gatos!

E pra não ser mais daqueles posts sem conteúdo, aí vai uma das minhas músicas preferidas. Atenção: é em japonês! A trilha sonora de "Lovely Complex", altamente recomendado!

sábado, 17 de outubro de 2009

Sem querer querendo

Não, não estou citando o Chaves.

Bom, eu estava chafundando (será que a palavra está no dicionário?) os meus antigos cadernos de matemática, com mais rabiscos do que cálculos, e encontrei um poeminha que escrevi, sei lá, na quarta série. Eu tinha uns 10 anos na época, e era uma pirralha romântica e materialista (e meio complexada). Eu raramente escrevia poemas, e quando o fazia, morria de vergonha deles. Não é a mesma coisa que escrever em prosa, quando eu posso falar o que quiser sem me preocupar se as palavras rimam ou não. Na verdade, eu nunca gostei de poemas. E nem daqueles ditados bregas de duas frases como "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Poemas só são bons quando viram música, dá até gosto recitar. Ou poemas beeeem compridos, que são claros e divertidos (alguém conhece "Um Pacato Vilarejo"? Qualquer dia escrevo aqui), diferentes daquelas coisas sempénemcabeçasupermelodramáticas que as patricinhas insistem em escrever na sua agenda novinha em folha.

Amantes de poesias, por favor, não fiquem bravos comigo. Eu sei que gosto não se discute, mas expressar opnião todo mundo pode, né? E, aliás, só pra ninguém ficar com ressentimentos, eu posto o meu poeminha de 5 anos atrás. Podem rir à vontade, o meu negócio são frases inteiras mesmo.
Então lá vai.

"Sem querer"

Eu quero um dia de sol
Durante o inverno
E alguém que me jure
O seu amor aterno

Eu quero um céu de morango
E uma geléia
Feita de azul

Aprender a nadar
Uma viagem pro sul

Eu quero a paz mundial
E que a pipoca tenha mais sal
Dormir no sofá
Não ter mais que estudar


Eu quero achar meu fim e começo

E que tudo pare de ter um preço

Ter a mente sã
E balinhas de hortelã


Eu quero viver numa tribo
Que alguém venha dançar comigo
Viver em perigo
Ter um melhor amigo

Eu quero fazer bolhas de sabão

Dirigir na contra-mão
Catar conchinhas
Dormir com as galinhas


Eu quero pintar a rua com giz
Sapatos de verniz
Botar os pingos nos is
E criar o meu final feliz


Hahahaha, gente, faz tanto tempo que eu escrevi isso. Eu lembro direitinho do dia: a professora ensinava expressões numéricas e quando ela virava pro quadro, o meninos da sala jogavam bolinhas de papel uns nos outros. Eu tava lá no meu canto, olhando pra janela quando uma das armas brancas voadoras antingiu a minha cara com tudo. Eu arremessei ela de volta pro moleque como se fosse uma bola de baseball, mas ele desviou e acabei mirando sem querer na professora. Ela se virou e os meu colegas traiçoeiros apontaram pra mim.
Resultado: pude passar o resto da aula no pátio da escola, aproveitando aquele sol de 8 da manhã aconchegante, com um pedaço de papel na mão, um lápis minúsculo na outra (eu sempre tinha algo assim nos meus bolsos), mais inspirada do que nunca.

domingo, 11 de outubro de 2009

Epitáfio


Devia ter colocado esse vídeo no último post. Bem, antes tarde do que nunca!



Que essa música nunca seja a nossa trilha sonora!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sabedoria mundana

Na aula de história aprendi que na Idade Média as pessoas costumavam morrer "de repente", seja por causa da peste, de bandidos, de regras da igreja católica, os diabos!. Daí surgiu a frase em latim memento mori, que significa algo como "lembra-te de que vais morrer".
Desse pensamento surgiram duas filosofias: vanitas e carpe diem.

A primeira diz que tudo é passageiro, sem importância. Por isso o ser humano deve renunciar a todos os inúteis bens materiais e se dedicar inteiramente a Deus. De acordo com a blíbia, uma outra vida nos aguarda. Uma vida sem preconceitos, sem doenças, sem tristeza, onde todos cantarão em louvor a Deus.
Portanto, nossa casa, nossa família, nosso corpo, até nosso esmalte de unha, é completamente inútil.

A outra versão, carpe diem, é completamente diferente. Significa "aproveite o momento", o que quer dizer: "Beleza, já que eu posso estar morto amanhã, vou fazer tudo o que tiver vontade hoje!". Afinal de contas, a vida mundana não é tão vazia assim. E quem pode garantir que existirá mesmo um futuro após a morte? A ideia de nos tornarmos apenas poeira perdida no esquecimento é assustadora, mas possível.
Ou seja, aproveitar a vida o maxímo possível (sem se esquecer das responsabilidades, é claro).

Porque estou dizendo tudo isso? Bem, eu vejo pessoas completamente nervosas por aí, ou que desistiram de agir como as crianças puras que foram um dia. Tenho um recado pra essas pessoas: eu e você, seres com boa saúde, comida na geladeira e escova de dentes, que não moram em desertos, reformatórios ou áreas de guerra, temos todos os motivos para sermos "carpe diemianos". Eu sei que o futuro é algo "de muitíssimo valor", mas viver é um privilégio. Rir é um privilégio. Ir ao banheiro é um privilégio.

Então, faça-me o favor e VIVA! Nunca é tarde pra começar. Mesmo se você não souber se vai acordar amanhã.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mania de Frutas

Não são nem quatro da tarde e eu já comi uma maçã, dois pêssegos, uma pêra, três bananas, dois morangos e incontáveis uvas.

Sou normal?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Só pra saber

Se você ainda acredita que balançar a cabeçar pra cima e pra baixo significa "sim" e pros lados "não" no mundo inteiro, então esqueça isso. Na Bulgária é ao contrário.

Estranhamente, "ahã" e "ãhn-ãhn" continua sendo entendido internacionalmente.