quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sol

Aqui em casa tem uma varanda virada pro quintal. Na varanda há uma dessas cadeiras praia, que se dobram, a ponto de quase virar uma cama. Ela é feita de madeira, com um pano branco no lugar onde nós sentamos, e está perto de virar o meu móvel preferido em toda a casa.
Eu faço tudo lá: leio, ouço música, converso com minha mãe, faço o dever de casa, devoro todas as uvas da geladeira...etc, etc, etc. Por quê? Bem, por que é lá que bate sol quando são umas 5 da tarde (no verão, o sol fica à vista até as nove da noite).

Eu ando numa espécie de desespero pra ficar bronzeada. Até então, eu só havia morado em cidades quentes, onde o sol chegava até a torrar. Por isso eu quase que não tinha idéia de qual era a minha cor de pele natural. Depois de passar pelo inverno alemão (e esquecer totalmente o que é andar de havaiana pela rua), eu havia ficado com uma carência de sol desesperadora.
Era assim como, a "brasileira-do-verão-eterno" acordando dentro de mim. Eu precisava mergulhar em água salgada, eu precisava tomar um picolé de frutas, eu precisava tirar aquele casaco enorme, olhar para o meu próprio braço, sem senhuma manga pra atrapalhar, ou sentir o cheiro do asfalto quente ao meio-dia (coisa que detesto, mas pelos era algo familiar pra mim).
Isso sem falar que, com aquela mania do tempo de chover um pouquinho todo dia, e ficar a semana inteira com o céu cheio de nuvens, não fazia nada bem à minha saúde. Eu estava começando a ficar quase tão cinza quanto o céu. A humidade do ar parecia ter sumido. Ou melhor, se teletransportado pras minhas roupas. Eu abria o meu armário e sentia um leve aroma de...mofo (seria só imaginação?).

Foi com um grande alívio que vi junho chegando. Agora eu olho com orgulho pra trás e digo que sobrevivi a um verdadeiro inverno. Como pude passar tanto tempo sem os meus shorts? Sem minhas sandálias? Sem sorvete?



Eu passo um bom tempo embaixo do sol (tomando todos os cuidados com a pele, claro!) na vaga idéia de que quando o verão acabar, o bronze da estação continue em mim. É uma esperança ridícula, é claro. Mas não quero nem pensar em me tornar um daqueles zumbis cinzas. Oh não, cinco meses foram o bastante! Eu estou tão feliz agora, me sinto mais perto do meu país. Vai ser muito triste quando acabar...

Ao mesmo tempo, eu sinto falta da época em que os termômetros marcavam 14, 15 graus, em vez de 37. Acordar e descobrir que sua cama virou uma poça de suor (argh!) também não é lá muito agradável. Por sorte (cof, cof) aqui em casa está sempre friozinho. Talvez demais pro meu gosto (e da minha mãe. Ela vive de calça comprida dentro de casa!)

Que post mais doido. Acho que o sol me fez delirar.
Em direcão ao meu oásis! (traduzindo: geladeira)

Uma última observação para os sem cultura:
É! Na Europa faz MUITO calor!! Francamente...(ainda tem gente que não acredita em mim quando digo que aqui pode ser até pior do que o Brasil, isso é frustrante! Eu não sou mentirosa!! ò.ó)

5 comentários:

Lucas disse...

Wawaweewa... É, e acho que não sei o que falar. Parabéns pelo bronze da Alemanha no futebol feminino e pela prata do Brasil. E viva o sol!

Amanda Marina ♥ disse...

Aaaaaa, acabou as manias...
Huashuashuas'
Nossaaaa, eu não me imagino sem sol, se bem que sou morena desde sempre =]
Mas eu gosto de frio, pelo menos o daqui do paraná (=


Beijos*

Anônimo disse...

Oi,Laura!Aqui é a Chuana ou Niah-chan se preferir...Caramba como vc ta escrevendo bem,hein?Meimpressionei e foi legal saber q na Europa ta fazendo calor assim,deve ser por causa do aquecimento global.

Bjao!

SGi/Sonia disse...

Oi Bonita!

Eu acredito que faz calor na Europa!
hahahahahaha

Tem selinho pra você no meu blog.

Beijins

Carla Rosso disse...

EEEEEEEEEE! VoCê voltou o/o/o/
Espero que tenha se divetido um monte, viu?
Quanto ao meu irmão Laura, pergunte a sua mãe que ela te explicará! Prefiro não ficar comentando essas coisas pelo blog.
Beijos e mais beijos!